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Energia solar na Cooperativa Vale Encantado

Publicado em 05 de janeiro de 2022

Encostado à Floresta da Tijuca e com vista para a praia da Barra, o Vale Encantado é um lugar muito especial dentro do município do Rio de Janeiro. Parece interior, não cidade. Só dois locais do vale são mais conhecidos: um clube e uma igreja romântica onde casais aproveitam o ar fresco e a vista para celebrar o seu dia.

As famílias que habitam o vale já tiravam seu sustento com agri e floricultura. Sempre souberam se adaptar a mudanças e fundaram, em 2008, uma cooperativa que produz alimentos e recebe turistas para passeios ecológicos ou comemorações.

Delícias do Vale Encantado

Aliás, uma especialidade culinária de lá é a deliciosa Jacalhoada, na qual jacas da floresta substituem o tradicional bacalhau. Marque sua visita e experimente!

Energia solar para o recomeço

Com a pandemia, a cooperativa se viu obrigada a interromper as atividades e viu na sua frente vários obstáculos para retomá-las. O custo com energia elétrica, junto com as dívidas acumuladas durante a inatividade, dificultaria o recomeço.

Nessa situação veio a salvação com um projeto coordenado pela Rede Favela Sustentável (RFS) e financiado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), onde foi possível inserir verba para instalar um sistema de energia solar.

Instalação e capacitação

Melhor ainda: não conseguimos somente o peixe, ensinamos também a pescar. Três moradores se capacitaram em cursos nossos para projetar e instalar o sistema: Otávio Barros, o presidente da cooperativa, Laerte Freitas e Paulo Jarbas, que assinou o projeto.

Estamos os acompanhando na homologação junto à concessionária, que ainda não foi concluido, e os apoiamos durante a instalação dos componentes principais, que ocorreu no dia 3 de janeiro  (abrindo o ano de 2022 com a chave de ouro).

Ainda falta aprimorar alguns detalhes estéticos e elétricos que serão feitos com calma.

Os patrocinadores

Encontramos dois patrocinadores, ambos parceiros da Solarize, que abraçaram o projeto junto conosco: a empresa Ecori, que forneceu o equipamento fotovoltaico e consultoria valiosa (obrigado ao Raphael Coelho!).

Foram instalados seis módulos BYD de 335Wp junto com três micro inversores da APsystem, de 600W cada. Deixamos os inversores visíveis para poder mostrar tudo a interessados.

A Almax se juntou ainda doando ferramentas específicas e material elétrico.

O contexto sustentável com biodigestores

O projeto principal onde pegamos carona também é empolgante: a comunidade não conta com uma canalização regular de esgoto, o que deixou os moradores sempre insatisfeitos. Ainda mais porque eles escolheram sustentabilidade como objetivo da vida.

Para resolver a situação foram construídos vários biodigestores, alguns anos atrás. Naquela época, apenas parte das casas foram conectadas. Esse o objetivo principal do projeto: completar a rede de esgoto.

Por ser bem mais trabalhoso do que a instalação do sistema solar, vamos precisar segurar ainda  a ansiedade para inaugurar as novidades... nos acompanhe nas próximas etapas!