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A seguinte pergunta escutamos com frequência: "Qual é o tamanho do mercado de energia solar? Ainda tem espaço para novas empresas?" É uma pergunta muito pertinente de quem está considerando entrar nesse setor que mais tem crescido durante os últimos anos.

Curva de aceitação de novos produtos

Vamos analisar a pergunta por dois aspectos. Primeiro, a partir do modelo de aceitação criado por Everett M. Rogers em 1962, que descreve como novos produtos ou serviços são recebidos pelo mercado. A curva descreve as fases de penetração, e nós enxergamos facilmente que a tecnologia fotovoltaoca continua numa fase bem incipiente: menos que 1% dos consumidores estão economizando na sua conta de luz com energia solar.

Isto quer dizer que estamos vendendo os sistemas ainda para os inovadores, aqueles antenados com um impulso forte de abraçar novidades. Atrás deles virá a grande massa popular.

Telhados livres são de clientes em potencial

A segunda abordagem é visual. A foto ao lado mostra a vista superior do bairro Cosme Velho, no Rio de Janeiro, moradia de classe média a alta. Marquei os sistemas fotovoltaicos - contamos apenas seis instalações neste mar de telhados.

Quatro deles se aglomeram numa rua. Creio que o primeiro, o pioneiro, contou sua experiência aos vizinhos, que resolveram seguí-lo.

Podemos até suspeitar que tenha sido a mesma empresa a atender todos eles - o estudo de mercado da Greener relata que a recomendação por clientes satisfeitos é a melhor forma de conquistar novos.

Qual então é o tamanho do mercado?

O mercado em potencial é representados por todos os outros telhados visíveis na foto: casas, prédios, comércio, escolas, uma igreja. Todos aqueles que ainda não contam com a energia solar, com ênfase no "ainda".

As soluções variam: os muitos telhados coloniais permitem instalações simples. Já entre os prédios, aqueles à direita mostrarm um amplo telhado disponível para receber módulos, enquanto outros têm telhadinhos que pertencem aos apartamentos nas coberturas.

Há espaço para vários modelos de negócio, como compensação local, compensação remota ou usinas em áreas alugadas. O novo Marco Legal da Geração Distribuída (PL 5829/2019), que entrou na pauto do senado nesta semana, vai abrir ainda mais possibilidades.

Que tal percorrer o bairro, distribuindo panfletos e conversando com moradores ou tocando em campainhas para oferecer a solução? Pode abrir seu nicho como instalador preferido do Cosme Velho.

Resumindo: o mercado de energia solar é gigante. Basta você se capacitar e escolher seu nicho para fazer parte. Desejamos sucesso!