A revista Sun & Wind Energy 11/11 entrevistou o presidente da maior fábrica de células fotovoltaicas do mundo, Suntech, Dr. Zhengrong Shi. São opiniões interessantes sobre o desenvolvimento de um mercado que esperamos vivenciar no Brasil e a questão de importação versus fabricação nacional. Algumas citações (recortes, tradução livre):

  • “A maior parte dos custos de células de silício vêm da matéria prima, cerca de 60% somente do silício. Portanto não é uma questão de mão de obra barata, mas de economia de escala e gerenciamento da cadeia de suprimentos”.
  • “Produzir células e módulos será viável em países em desenvolvimento. Eu não entendo porque a humanidade queima tanto combustível para transportar bens de leste para oeste e vice versa.”
  • “O negócio fotovoltaico atualmente demanda fabricação em escala de GW. É altamente intensivo em capital. Precisa-se US$ 2 bilhões para montar uma fábrica de 1GW. Portanto, capital barato faz a diferença.”
  • Sobre fabricação nacional: “Meu lema é: Primeiro o mercado, depois a fábrica. Sem mercado não há fábrica.”
  • “Entendo que políticos querem empregos locais. Ao longo da cadeia para cada 1MW de capacidade solar criam-se 35 empregos. 20 desses locais, para legalizar, instalar etc. Somente 15 são criados na fabricação.”

Estivemos hoje, 25 de novembro de 2011, no Forum Nacional de Energia Solar. A mesa de abertura foi formada, dentre outros, por:

  • Julio Bueno - Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços;
  • Carlos Minc - Secretário de Estado do Ambiente;
  • Wilson Risólia Rodrigues - Secretário de Estado da Educação;
  • José Anibal - Secretário de Energia do Estado de São Paulo e presidente do Fórum dos Secretários Estaduais de Energia;
  • Mauricio Tolmasquim - Presidente da Empresa de Pesquisa Energética.

Foi bom ver a força dedicada do estado em torno da Carta do Sol. Um auditório lotado.

Minc: "um momento histórico", referindo-se à Carta do Vento que fez em 2009 decolar a energia eólic, e Rio, "capital da energia".

Suzana Kahn, subsecretária de Economia Verde, detalhou este programa: geração de emprego, Fundão Solar nos prédios do CT da Coppe, escolas solares. E cobrança para regulamentar a geração de energia fotovoltaica.

Tito Lobão Cruz entrou em detalhes da regulamentação, que vai sair em 2012. O previsto é um "banco de KWh", permitindo que qualquer um gere energia de dia, fornecendo à concessionária, e consuma à noite. Ao não ter fluxo de dinheiro, somente de energia, simplificam-se as questões tributárias.

No dia 22/11/2011 a Odebrecht, em parceria com a GIZ, convidou funcionários de uma obra para participar de um curso de aquecimento solar. Em dois dias montamos um sistema inteiro de 500l que fica em cima do barracão, para uso diário dos funcionários. E os participantes ainda ganharam o material para montar um sistema na própria casa.

Muito bom, este curso! Vai ter mais ... aguardem.

Mais fotos no Facebook: Solarize Rio

Centro Alemão de Inovação e Ciência de São Paulo vai reunir o que existe de mais avançado na área da pesquisa científica na Alemanha. Parceria entre os dois países quer estimular o desenvolvimento da ciência brasileira.

Publicado no Deutsche Welle em 16/11/2011. Veja a notícia aqui.