A audiência pública da ANEEL sobre sua nova proposta de regulamentação mostrou em diversos aspectos que os tempos mudaram.

Pela parte da Aneel já criticamos a redução da discussão pública imposta pelo cronograma: enquanto o passo, anterior, a Análise dos Impactos Regulatórios durou vários meses e incluiu três audiências, a consulta atual tem previsão de apenas 45 dias de duração e somente a audiência no dia 7 passado em Brasília.

As associações ABSOLAR e ABGD, muitos políticos e empresários presentes já haviam solicitarado um aumento de prazo com audiências em todas as regiões do Brasil, mas não receberam nenhuma resposta.

A Maior Audiência da História da Aneel

Aparentemente foi a maior audiência da história da Aneel. Ela havia mudado o local para um espaço maior que comportou os participantes, estimados em 1.000 pessoas.

Empresários do país inteiro se deslocaram para mostrar sua indignação e muitos se apresentaram com camisas e capacetes amarelos, em referência aos empregos que a proposta da Aneel colocou em risco (curta o Movimento Solar Livre no facebook - ainda vamos escrever a respeito).

Falta de Transparência

A Aneel costumava apresentar, no início das audiências, sua proposta. Ela mostrava transparência, explicando o raciocínio que levou às suas conclusões. Ela costumava também mostrar suas dúvidas, sobre quais esperava contribuições da sociedade.

Desta vez, ela não mostrou nenhum slide e muito menos a planilha dos supostos prejuizos causados pela geração distribuída. Esta falta já tinha sido notada pelo setor - afinal de contas, como se pode discutir um número sem conhecer o cálculo por trás dele?

Falta de Transmissão ao Vivo

Outro fato que chamou a atenção foi a falta da transmissão ao vivo, praxe da Aneel em outros eventos e prometida às associações ainda na véspera. Vários presentes recorreram aos seus celulares para incluir o Brasil na discussão.

Presença Maciça de Deputados e Senadores

Um grande grupo de deputados e senadores participaram da audiência. Muitos relataram a importância da energia solar e da geração distribuída na geração de renda, na liberdade econômica e na redução de custos dos cidadãos.

Eles chamaram para si a tarefa de definir a política energética, argumentando que a importância ultrapasse a alçada da Aneel. Já estão em elaboração um projeto de lei para garantir a isenção da energia solar, e um Código Brasileiro de Energia.

O Apoio Político é Forte

As associações colheram nas últimas semanas assinaturas de mais que 300 deputados e 30 senadores em apoio à geração distribuída, um movimento que deve ter um impacto forte.

Um deputado comentou que a discussão deveria ter chegado ao congresso muito antes. Ele não deixa de ter razão. O envolvimento não parecia necessário, já que a conversa com a Aneel estava transparente e equilibrada. Foi a proposta devastadora que fez o setor recorrer ao apoio político.

As Colocações durante a Audiência

Qualquer pessoa tinha o direito de apresentar sua opinião na audiência, no tempo de 3 minutos, desta vez sem uso de slides. Algumas vozes:

  • Representantes de concessionárias alertaram que os custos da rede seriam concentrados nos consumidores sem energia solar;
  • Repetiram a teoria de que seriam os ricos instalando energia solar, repassando os custos aos pobres;
  • Alguns conselhos de consumidores reforçaram essa visão, chegando até a dividir o auditório em duas partes iguais, com ou sem energia solar;
  • Outros conselhos solicitaram a continuidade das regras atuais, justamente para garantir a inserção dos menos favorecidos na tecnologia;
  • Muitas contribuições compararam a geração distribuída a outras tecnologias novas que estão mudando a sociedade. E reforçaram a necessidade de revisar o sistema elétrico ao invés de tentar manter estruturas antiquadas;
  • Os benefícios da geração distribuida para a sociedade também foram citadas amplamente: empregos, redução de custo para os cidadãos e avanço tecnológico;
  • A visão restrita da Aneel apenas para o uso da rede elétrica foi criticada também;
  • Várias colocações mencionaram a insegurança jurídica para usinas existentes e para novas usinas. Diversas regras propostas simplesmente não são aceitáveis e serão questionadas nos tribuinais;
  • Já que a alegação da nova proposta era o corte de subsídios, houve sugestão de onde cortar verdadeiros subsídios: algumas concessionárias estão usando a verba do Programa de Eficiência Energética (paga por todos nós na conta de luz) para subsidiar instalações fotovoltaicas. É uma medida desnecessária que ainda distorce o mercado, já que essa verba não está disponível para instaladores comuns.

Nossa contribuição: Famílias e Favelas

Por causa da restrição do tempo, focamos no tema da taxação excessiva das famílias pelas regras propostas. Relatamos também das favelas que estão começando a implantar energia solar e contribuindo, assim, para a sociedade. É uma grande chance para reduzir furto de energia.

Chamamos também a atenção de que a redução da conta de luz da família costuma ser revertida em consumo maior. Este valor não sai da sociedade e ele não será transferido a contas no exterior. É dinheiro que circula, beneficiando o entorno.

Respondemos ainda à colocação anterior, que dividia o auditório em duas partes iguais: a participação da geração distribuida no Brasil de apenas 0,2% corresponderia, hoje, a, no máximo duas pessoas no auditório inteiro. Falta muito até aparecer um efeito para os outros.

O Resultado da Audiência

A audiência pública não tem um resultado concreto. Ela serve para a Aneel escutar a sociedade e colher informações para tomar sua decisão.

O procedimento previsto pela Aneel permite enviar contribuições por escrito até 30/11. Depois, os técnicos do órgão devem considerar e responder cada contribuição e preparar a decisão da diretoria. Este processo costuma durar alguns meses.

O impacto das regras propostas levou à judicialização do processo em diversos níveis, além da interferência política. Tudo isso traz muita insegurança sobre prazos e definições, aumentando as dificuldades das empresas do setor. 

O Movimento Sol Livre e os Capacetes Amarelos

As destruição de muitos empregos, no caso da aprovação das regras propostas pela Aneel, movimentou o setor. Ele se uniu de forma apartidária (um milagre nestes tempos) e criouo Movimento Solar Livre.

No dia da audiência, uma manifestação no centro do poder apresentou as questões ao público. O capacete, símbolo do trabalhador que ganhou renda neste mercado, foi assumido. A cor amarela é do sol, claro.

Os hashtags também mostraram seu poder numa população cansada de pagar tarifas altíssimas de energia, acrescentadas por bandeiras. Ambos seriam reduzidos pela energia solar.

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 #TaxarOSolNao #GDparatodos #Cenariozero482 #Soumaissolar #Deixeasolarcrescer

Na proxima quinta-feira, dia 7, ocorrerá em Brasília a audiência pública da ANEEL sobre sua nova proposta de regulamentação da geração distribuída.

Vamos participar para mostrar nossa indignação sobre uma taxação injusta que acabará com milhares de empregos. Já conseguimos muito apóio político que ganhará força com nossa presença.

Estão sendo organizados ônibus gratuitos, custeados por empresas do setor. Cadastre-se neste formulário até segunda-feira, dia 04, para reservar sua vaga no ônibus. O formulário vale para todos os estados.

Libere seus funcionários - melhor perder três dias do que o futuro negócio!

Ainda temos vagas nos ônibus dos seguintes estados

Clique no seu estado para fazer sua inscrição.

Estrutura no local

  • Banheiro Masculino e Feminino
  • Capacetes Amarelo
  • Camisa AmarelaPulseiras aos credenciados da lista.
  • Passeata nos ministérios até o congresso.
  • Trio elétrico do movimento orgânico
  • Café da manhã recepção aos trabalhadores e empresários do setor solar
  • Almoço aos credenciados para o movimento ordeiro.
  • Segurança
  • Posto de Saúde
  • Apoio dos Deputados e Senadores pró energia solar

Existem grupos específicos para as atividades das lideranças distribuídas por todo Brasil, a força vem do município.???

Publicação dos organizadores do RJ

ATENÇÃO PESSOAL DO RJ!

Uma mobilização está sendo formalizada para que possamos mostrar publicamente a ANEEL a nossa indignação sobre as alterações da REN482.

Vamos unir forças dia 07/11 na ANEEL em Brasília e contamos com a sua participação!

Precisamos colocar o maior número de pessoas na audiência pública. Você que é profissional do RJ e sobrevive da Energia Solar,  convide seus amigos e familiares e vamos juntos!

Estamos providenciando ônibus gratuito, os participantes terão somente suas despesas pessoais como alimentação, não fique de fora dessa mobilizaçao.

Realmente é inegável que será uma viagem cansativa, porém nessa hora é preciso se perguntar sobre o que você pode fazer pela GD para que a GD e a Energia Solar Fotovoltaica possam continuar de alguma forma ajudando você e sua família.

Preenche seu interesse no formulário no-line para que vocês possam se inscrever mas preciso que você sinalize e/ou mais algum conhecido seu, então, vejo você em 07/11 na ANEEL em Brasília!

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A notícia da taxa sobre a energia solar, proposta pela Aneel, já rodou o país. Um detalhe importante, no entanto, passou despercebido: a taxa proposta não será paga de forma equilibrada, mas, principalmente, pelas famílias.

Como será a taxação proposta

O sistema solar gera energia ao longo do dia. Parte desta energia é consumida na mesma hora, e o restante é injetado na rede da concessionária. A nova taxa será aplicada sobre a segunda parte, a energia injetada.

As famílias pagarão mais taxas

Quem injeta mais energia na rede são as residências, já que as famílias estão ausentes durante o dia. Serão eles os onerados pela nova taxa. Empresas com sistema solar funcionam nas horas do sol, injetam pouco e pagarão muito menos do que as famílias.

A energia injetada já traz lucros à distribuidora e não deve ser taxada

A energia injetada por uma residência, tipicamente, é vendida pela concessionária aos seus vizinhos. Nesta venda, a concessionária cobra pelas perdas que, normalmente, ocorrem no sistema elétrico, no caminho da usina até o local de consumo: 17% da tarifa elétrica, na média nacional.

É óbvio que essas perdas inexistem no caso da energia injetada, que simplesmente atravessa a rua. A concessionária, portanto, embolsa 17% em cima da energia solar. A Aneel omite este fato, fugindo do seu papel de reguladora objetiva.

Outros encargos indevidos

A proposta da Aneel prevê ainda que a energia injetada deve pagar por

  • Linhas de transmissão que ela não percorre;
  • Termelétricas que ela ajudar a evitar;
  • Uso de fontes renováveis, como se o cidadão já não estivesse fazendo exatamente isso com seu próprio dinheiro.

A energia solar reduz a bandeira tarifária

À medida que o uso da energia solar for aumentar, a bandeira tarifária poderá ser reduzida. Uma vantagem para o Brasil inteiro.

A energia solar chegou ao alcance de todos.

Os juros dos créditos bancários caíram nos últimos anos e chegaram a um nível que permite à grande maioria do povo brasileiro instalar um sistema solar e reduzir suas despesas.

Quem não tem um telhado próprio pode alugar parte de uma usina e receber os créditos. A nova taxa solar excluirá muitas famílias dessas oportunidades.

A taxa solar destruirá empregos

Estimativas apontam que o setor fotovoltaico emprega cerca de 100.000 pessoas. Muitos deles já receberam aviso prévio logo depois que a Aneel publicou a nova proposta que inviabilizará muitos modelos de negócio. São milhares de famílias com medo de perder o emprego.

Resumo

A nova taxa da energia solar é injusta, porque será paga, principalmente, pelas famílias brasileiras. Ela não considera suas vantagens para a população e ainda coloca em risco milhares de empregos.

Junte-se a nós para alertar a população, os políticos e o governo. Vamos reverter para poder crescer juntos.

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Depois de termos estudado, nos capítulos anteriores do manual de energia solar, os conceitos do projeto de um sistema solar conectado à rede, entraremos agora na parte prática.

Perigos específicos de sistemas fotovoltaicos

Eletricistas prediais estão acostumados com instalações em corrente alternada, dotados de um disjuntor que permite desenergizar o circuito inteiro a partir de um ponto único.

O sistema fotovoltaico recebe energia do sol, que desliga somente à noite, e gera em corrente contína. Descuidos durante a instalação podem causar um arco voltaico estável.

O arco voltaico e sua interrupção

O arco voltaico pode causar acidentes. A matéria explica como proceder para evitar o arco.

Procedimento seguro da instalação

Aprenda como executar a instalação, dividindo-a em partes separadas que podem ser montadas paralelamente.

Verificação elétrica

A sequência correta da verificação de polaridade, tensão e corrente evita riscos e assegura a entrega de um sistema funcional.

Comissionamento

A norma NBR 16274:2014 obriga o instalador a efetuar ensaios. Entenda os principais ensaios e conheça equipamento adequado.

Planilha de aferição

Acesse na página do manual uma planilha que permite aferir a medição do comissionamento.

Acesse o manual completo aqui - é grátis!