Solarize - Cursos de energia solar para iniciantes e especialistas

O sistema de energia solar da Solarize está trabalhando desde agosto de 2012, somando 33 meses de funcionamento. Como foram os resultados acumulados ao longo deste tempo?

O gráfico ao lado mostra os resultados sumarizados,  calculados mês a mês, através das medições no sistema e da conta da concessionária Light em uma planilha bastante complexa:

• Neste período, o sistema solar gerou 7,6 MWh, numa área de apenas 16,5 m²;
• Sem sistema solar, a conta acumulada teria sido de R$ 8.640;
• Com o sistema solar pagamos somente R$ 4.010, o que representa uma economia de R$ 4.630, ou 54%;
• Conforme índice do Ministério de Ciência e Tecnologia, reduzimos as emissões de CO₂ em 4,6 t.

Geração da energia

A curva de geração de energia mostra uma diferença nítida entre verão e inverno. Esta diferença, no entanto, é causada pelos verões excepcionalemtente secos dos últimos anos e não é típica para o Rio de Janeiro.

A redução no inverno ainda é acentuada por efeitos de sombreamento na nossa instalação, devido à vegetação e prédios vizinhos.

Economia com Energia Solar

Esperava-se que o gráfico da economia obtida com energia solar acompanhasse a curva a geração. No entanto, ela diferiu bastante, pelas seguintes razões:

• A tarifa sofreu vários aumentos fortes durante o ano 2015, saltando da faixa de 0,50 R$ / kWh na época da instalação a 0,80 R$ / kWh agora;
• No estado do Rio de Janeiro, o ICMS aplicado na tarifa residencial varia entre 18% e 29%, dependendo do consumo total do mês. O autoconsumo de energia solar fez com que ficássemos na faixa menor em vários meses (principalmente os mais frios), o que aumenta a economia.
• Em quatro meses entre abril a outubro de 2015 chegamos a gerar quase 100% do consumo, o que fez com que tivessemos de pagar a taxa mínima, chamada de "custo de disponibilidade". Esta taxa representa um prejuízo, nítidamente visível pelo resultado reduzido;
• Agosto de 2015 foi o único mês onde a geração superou o consumo, gerando um crédito para meses subsequentes. No entanto, antes de gerar o crédito, a concessionária abateu 100 kWh, respectivo ao custo de disponibilidade para ligação trifásica. Um prejuizo que reduziu a economia significativamente. Consideramos esta regra injusta, já que pagamos duplamente a taxa mínima: uma vez em dinheiro e mais uma vez entregando energia que foi gerada a partir do nosso investimento.

Retorno de Investimento

Na época quando instalamos o sistema, calculamos o retorno de investimento na faixa de 14 anos. Devido ao aumento das tarifas e da isenção de PIS, COFINS e ICMS, atualmente este tempo caiu para 6,8 anos para novas instalações.

Houve mudanças no governo federal que agora tem enormes desafios pela frente. Precisa dialogar para mediar os diversos interesses presentes no país e criar confiança para que pessoas e empresas voltem a investir.

Movimento nesse sentido foi feito pelo novo Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Ele se encontrou com representantes de associações do setor elétrico e incluiu na reunião a Associação Brasileira de Energia Solar - ABSOLAR, deixando claro que reconhece a importância desta tecnologia.

Durante a conversa, o ministro deixou claro o foco em energias renováveis e inovação na política energética na sua gestão, buscando conciliar as demandas dos diferentes setores. O ministro prometeu realizar uma reunião específica sobre a energia solar após definição da sua equipe. Ótima oportunidade para podermos apresentar oportunidades e soluções para barreiras atuais.

Um outro assunto em nível federal tem gerado grande interesse: "posso usar FGTS para paga meu sistema solar" é uma pergunta que ouvimos com frequência. A causa é o projeto de lei do senado n° 371/2015 que propõe esta possibilidade. Entendemos que a ideia se encaixa perfeitamente no propósito do FGTS de proteger o trabalhador, já que o investimento em energia solar reduz os futuros gastos mensais. O projeto de lei, no entanto, ainda está em discussão. Esperamos que seja aprovado com celeridade.

Como de costume, um parágrafo sobre nossa atuação. Além dos cursos regulares programados e divulgados em nosso site, ministramos, recentemente,  palestras em um seminário da UERJ / Inea, na Semana da Engenharia Elétrica da Unversidade Veiga de Almeida, na Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e no Instituto de Arquitetos do Brasil IAB-RJ. As respectivas apresentações estão disponíveis para download no blog. Aproveite!

Outra novidade é que estamos expandindo para outras regiões, começando por São Paulo: ainda este mês haverá um curso sobre o software PV*SOL. E logo em seguida haverá dois cursos sobre o software PVSyst, um curso avançado em junho, no embalo dos leilões, e um curso básico em julho.

O convite do Instituto de Arquitetos do Brasil Rio de Janeiro – RJ para uma palestra sobre Energia Solar em Edificações atraiu 60 pessoas em plena segunda-feira.

Hans Rauschmayer, sócio-gerente da Solarize abordou as tecnologias de aquecimento solar e energia fotovoltaica. Ele explicou como funcionam e quais são os aspectos arquitetônicos que devem ser observados. Afinal das contas, é importante considerar estas peculiaridades a partir do anteprojeto para depois aproveitar as energias renováveis ao máximo. Um breve visão sobre o mercado encerrou a apresentação (disponível neste link).

Em seguida, Octagon Solar apresentou os módulos que serão produzidos em breve no Brasil. Eles contam com a tecnologia alemã DESERT que aumenta geração de energia e durabilidade em climas quentes como o nosso.

A palestra marcou o início de uma parceria entre IAB e Solarize que tem como objetivo desenvolver cursos de capacitação específicos para arquitetos.